sábado, 28 de novembro de 2009

Dançar pra mim...

Dançar pra mim é materializar os meus sentimentos através dos movimentos. A emoção que me causa, tamanha que quase não cabe dentro de mim. Sentir o meu corpo deslizar, quase voar... Eu fico tão leve que não entendo... Eu me sinto como se realmente tivesse o peso de uma pluma.

Eu sempre fui muto cétic sobre várias assuntos, me recuso a acreditar em certas coisas, as que parecem muito obvias. Aprendi a duvidar de tudo que fosse fácil demais de entender. Talvez tenha sido por isso que eu me compliquei tanto. Eu criei um labirinto que até então eu tenho me encontrado perdida... Paradoxalmente, esse labirinto que eu criei conheço melhor que ninguém, fui eu quem criou... rs

Eu tenho medo das minhas própras escolhas, não sei. Eu tenho a necessidade de ouvir a voz de alguém que eu julgue mais inteligente, mais experiente e com isso esqueci de perguntar pra mim mesma, pro meu coração o que é o certo. Como eu posso querer me sentir bem resolvendo equações, criando algorítmos de programação, fazendo experimentos químicos em um laboratório frio??? O que eu quero é passar o dia inteiro na ponta do pé, rodando, sentir meu corpo leve.

Ontem na apresentação da escola meu professor falou pra mim, "Poha Iara, você dança pra carálho!" e acredite foi exatamente assim que ele falou, usando esses termos... rs

Meu professor de Filosofia que sempre me fazia rever os conceitos que eu já tinha prontos, a falar do que é e não é... rs De falar que nada é de verdade, que tudo é mentira. Que o que eu penso é na verdade uma grande ilusão. Eu aprendi a duvidar da leveza e do peso, a insustentável leveza do ser...

Eu quero estudar dança, mas meu pai acha que não dá dinheiro e me faz pensar que isso não dá futuro...
O que será que dá futuro? Será que ele vai ficar orgulhoso se eu fizer Engenharia de Automação... É o que eu estava decidida antes de desistir de vez de ser bailarina. no que vem eu vou continuar a minha rotina exaustiva de escola, kumon, Inglês... E vou fazer a loucura de fazer ballet. rs Não quero desistir! Porque dançar pra mim reflete hoje o que eu quero ser, e algo que eu já tenho em mim. Na verdade não sei explicar direito, mas sinto com uma intensidade muito intensa (rs), que a dança representa algo de muito bonito e grandioso, algo que eu gosto e quero... Sempre!



quinta-feira, 22 de outubro de 2009

A natureza e eu


Esse mar e esse céu me trazem uma felicidade imensa. Nos meus momentos mais tristes e mais felizes eu gosto de me sentir perto da  natureza e pra mim a representação plena da natuza é o mar...

Para a gente entender os fenômenos naturais, suas causas, seus efeitos, não é preciso ser um grande cientista. Viva a natureza, você faz parte dela.  Os iluministas chegaram à conclusão que nós seres humanos, somos capazes de entender a natureza porque fazemos parte dela, logo se torna fácil entender o espaço no qual estamos inseridos... Será?
Mas sem conceitos ou concepções, partindo para um lado mais sensitivo. A emoção, o sentimento, a perplexidade de olhar pro horizonte é indescritível, eu me sinto tão pequenininha... Quando eu tô assim precisando de um tempo pra mim, precisando ficar um pouco londe de tudo, vou olhar o mar... Não me sinto no direito de ficar mal diante da imensidão das águas. Eu tenho vontade de mergulhar e me entregar aos encantos marítmos, nadar até cansar...
Se algum dia eu tiver que morar numa cidade que não tenha praia, não sei como seria. Certamente, eu sentiria muita falta, mas mesmo assim ainda estaria bem, pois saberia que ele está aqui, desfrutanto de sua própria serenidade.
Nós seres humanos somos tão egoítas, estamos o tempo todo pensando só em como ganhar dinheiro e como ser melhor que o outro e esquemos de dar valor as coisas que realmente importam. Tirar a vida de um animalzinho que só se defende. Porque matar uma formiga quando você vai na campo. Pare pra analisar, você está invadindo o espaço natural que é dela. Desrespeitando, agredindo os elementos naturais, acabamos causando mal pra nós mesmos, embora não pareça, mas isso reflete coisas ruins. Como diria Newton, para toda ação, há uma reação!
A natureza corresponde ao mundo material e, em extensão, ao universo físico: toda sua matéria e energia, inseridas em um processo dinâmico que lhes é próprio e cujo funcionamento segue regras própria.

domingo, 23 de agosto de 2009

Confusions are just a not so good time...

O valor das coisas não está na velocidade em que ocorrem, e nem nas circunstâncias que ocorrem. Mas na intensidade em que ocorrem. Lutar de verdade por algo que você quer, aplicar todo seu tempo e suas esperanças num evento que você nem tem certeza se vai dar ou não certo. Saber se doar é algo que o ser humano deve aprender. Aprender a não ter medo de errar e ter paciência.

Nem sempre tudo é tão bom e azul, mas cabe a cada um avaliar o que aprendeu com a experiência vivida. Se não deu certo dessa vez, você no mínimo já sabe que daquele jeito não dá certo, e isso não deixa de ser proveitoso.

Outro dia numa palestra na escola, alguém disse que devemos aprender a aprender, para dessa maneira “apreender” conhecimento. No começo eu não consegui entender, mas agora tais palavras fazem muito sentido pra mim. Um bom aprendiz não aquele que sempre acerta, é aquele que tenta sempre buscando a cada momento aprender o caminho para o objetivo estabelecido, mesmo que para isso tenha que ter experiências digamos assim “não-satisfatórias”.

O erro é pra mim uma etapa para o acerto. E se bem que essa coisa de erro e acerto é bem relativa. Podem existir caminhos diferentes para chegar ao mesmo lugar, sem dúvida. Mas às vezes o “produto final” é só mais uma etapa. Rs.

Na verdade, eu me acho péssima pra falar sobre os meus pontos de vista. Outro dia conversando com a minha Vó ela me disse que eu tenho que aprender a defender o meu ponto de vista, mesmo que não estivesse certo. Eu já sabia disso. Não sei se tem como alguém me ensinar isso. É algo que eu terei que aprender by myself.

Acho que o ser humano não sabe mais qual é de verdade o seu produto final, acaba se preocupando sempre com coisas banais e supérfluas e o mais importante é desconsiderado. Uma pessoinha muito importante na minha vida me disse algo mais ou menos assim “Amai ao próximo como amas a si mesmo”. É isso na verdade que falta no coração das pessoas. Amar o que ela é, o que ela faz. Amar incondicionalmente a natureza, as coisas boas que a vida tem pra te oferecer. Esquecer um pouco as atividades da escola, do Inglês e do Kumon... rsrs

Eu não acredito no que eu acabei de escrever, acho que foi uma reprodução do que o meu outro eu diria... rsrs

Eu na verdade concordo com o Raul. “Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante...”

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Bom, ruim e principalmente assim assim

Quer saber de uma coisa? Tudo pode ser bom, ruim e principalmente assim assim
Tudo ao mesmo tempo ou não, e não necessariamente nessa ordem
Bom é chegar na praia à tardinha, anuncio de por de Sol, a água de ondas mansinhas
Jogar bola na espuma e sob o céu encaixa como se fora Tafaréu.
É bom também quando começa a chover
E as gotas fazem cócegas na superfície do mar
Como se um cardume infinito prometesse matar a fome
De todo o Vidigal, Rocinha, Cidade de Deus e Vigário Geral.
Ruim é lembrar daquele amigo que de prancha na mão
Morreu de um beijo roubado de um raio, da lembrança a correria,
O medo... o medo... medo é bom, ruim é o medo de ter medo!
Bom voltar trocar chuva por chopp e passar atrás da pelada
A bola vai pra fora e como na crônica de Rubem Braga sobra pra você
Que mata no peito faz embaixadinha e devolve redondo... num chute perfeito
Ruim é a fisgada na coxa sair mancando disfarçadamente...
A vergonha de ta decadente não é ruim, ruim é o orgulho que se nega a reconhecer a decadência. É bom a cidade estranha em que você nunca esteve e sabe que nunca mais vai voltar
E nesse lugar você tem uma obrigação sem graça que cumpre com estilo e precisão
Traçando um dia perfeito no arco do tempo Quando cai a noite é bom tomar um banho e sob o chuveiro é bom sentir saudade,
Ruim é não ter saudade, e como é bom sair sem direção pelas ruas da cidade
Pensando no que você fez da sua vida e no que a vida fez em você Bom é sonhar, realizar não é tão bom, mas ruim mesmo é não realizar
O fim de um grande amor é muito, muito ruim, um grande amor não tem fim! Bom é amar, ruim é amar... Bom é encarar a vida com fantasia.
Quando um poeta desaparece é bom colocar chapéu de Bogar que tudo pode solucionar...
Ruim é encontrar o precipício, morrer não deve ser tão ruim assim... E pode ser bom falar sobre bom e ruim, e pode ser pior assim assim ...
Pedro Bial